Mesmo com a economia fraca, a carga tributário no Brasil bateu recorde histórico, de 35,07% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2018. Isso equivale a R$ 2,3 trilhões.
Segundo levantamento feito pelos economistas José Roberto Afonso e Kleber de Castro e publicado no jornal ‘O Estado de São Paulo’, no ano passado, cada brasileiro recolheu em média R$ 11,4 mil em impostos e precisou trabalhar 128 dias para quitar os compromissos com o pagamento de tributos.
O peso dos impostos sobre as empresas e pessoas físicas teve um crescimento de 1,33 ponto percentual em 2018, na comparação com o ano anterior, registrando o maior salto em relação ao exercício passado dos últimos 17 anos.
Para o economista-chefe da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz, o mercado está confiante na aprovação da reforma tributária, mas é importante ficar atento e apoiar as decisões da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) para que o agronegócio não sofra nenhum tipo de impasse no projeto.
“Estamos bem perto de realizar um reforma tributária como nunca estivemos antes. O governo tem gastado em excesso, aumentou nossa dívida de 22% do PIB (Produto Interno Bruto) para quase 50%, e com isso não tem outra saída que não seja tributar. E por isso que é tão importante a vigilância quando um gasto está sendo feito. A conclusão é que o cenário de hoje é um reflexo de irresponsabilidade fiscal que nós tivemos no país”, afirma.