A PEC Paralela da reforma da Previdência foi aprovada no Senado com o trecho que taxa produtores que exportam seus produtos diretamente (sem passar por tradings) e não fazem o recolhimento da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamentos.
De acordo com o vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Glauber Silveira, os senadores estimam que a medida represente ganho de R$ 60 bilhões em dez anos, mas a conta está equivocada. “Eles fizeram isso pensando em produtores de soja e milho, mas esses já pagam sobre a folha ou às tradings na hora da venda. Vai prejudicar mesmo os produtores de café e frutas, que serão geralmente pequenos e médios agricultores”, frisa.
Mas, segundo Silveira, ainda há esperança: a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) teria negociado com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que a PEC Paralela seja analisada somente em 2020, para que se tenha tempo hábil para discutir e tentar mudar o trecho. “Exportar impostos é uma burrice”, diz.