Uma pesquisa feita pela Fretebras, uma plataforma online de transporte de cargas, revelou que que 32% dos caminhoneiros não estão encontrando alimentação nos postos de estradas. O estudo também apontou que 18,4% dos caminhoneiros relataram que os preços da alimentação estão “mais caros que o normal”.
Outro ponto crítico foram os serviços de borracharia e mecânica, onde 31% dos entrevistados responderam que “não estão funcionando” e outros 11% informaram que estão mais caros do que o normal.
Sobre este assunto, conversamos com o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores, Wallace Landim. Segundo ele, a pesquisa mostra a realidade vivida pelos caminhoneiros nesta época de coronavírus.
“Nossa categoria já vem sofrendo há alguns anos e com essa pandemia, acabamos colocando a nossa vida em risco para abastecer a população seja com medicamentos ou alimentos. Essa situação é real, pois temos dificuldade para nos manter, nos alimentar e até manter a higienização”, ressaltou.
Segundo ele, há um diálogo com o ministério da Infraestrutura para poder fornecer alimento para os condutores poderem trabalhar. “Nos deparamos com algumas pessoas que ainda praticam preços exorbitantes. Pedimos nesse caso ajuda para a população não deixar o transporte parar, tanto que já tivemos vários casos de populares fornecendo comida para os motoristas nas estradas do Brasil”, disse.