O Senado aprovou o projeto de lei que prorroga dívidas das agricultura familiar por pelo menos um ano. Porém, segundo Ivan Wedekin, ex-secretário de Política Agrícola e especialista em crédito rural, esse pode não ser o melhor caminho para todos os produtores. “[Os débitos] serão prorrogados nas taxas de juros do contrato atual. No próximo Plano Safra, o governo deve baixar as taxas”, diz, complementando que o produtor só deve recorrer a esse recurso em caso de absoluta necessidade.
Além disso, Wedekin destaca que as entidades do agronegócio precisam lutar para aumentar o acesso ao crédito rural. “Temos 3,9 milhões de estabelecimentos agrícolas no Brasil, mas apenas 1,2 milhão de contratos são feitos, ou seja, a penetração é de apenas 30%”, destaca. Segundo ele, é preciso reduzir a burocracia na hora de tomar um empréstimo, pois “o produtor se cansa de tanta documentação que precisa apresentar”.
Por fim, Wedekin afirma que diante da situação econômica atual o melhor a se fazer é trabalhar com tecnologia de ponta para maximizar os lucros. “Tecnologia inferior gasta menor, mas ganha menos”, salienta.