O preço do feijão carioca caiu até 40% nos últimos 10 dias, após um período de fraca oferta no mercado. De acordo com o Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe), as cotações, que chegaram a bater R$ 350, caíram para R$ 200/R$ 230.
De acordo com o presidente do Ibrafe, Marcelo Luders, o que motivou a queda dos preços foi a combinação de três fatores: variedades cada vez mais precoces, que permitem antecipar o período de colheita; o consumidor comprando o mínimo possível quando o valor chega a mais ou menos R$ 9; e o início da colheita da terceira safra.
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Luders afirma que as projeções da entidade vêm se confirmando: com o isolamento social e restaurantes funcionando com capacidade reduzida (em cidades onde estão abertos), as pessoas estão consumindo o básico, principalmente arroz e feijão. “Quanto a consumo, teremos até de forma mais acentuada do que tínhamos”,
Entretanto, a colheita da terceira safra entre julho e agosto pressiona. Segundo o presidente do Ibrafe, percebendo o cenário, produtores tem plantado feijões de escurecimento lento, que permitem armazenamento. “Dessa forma, caso os preços caiam abaixo dos R$ 200, muitos produtores tendem a estocar e comercializar depois, no último trimestre do ano, provavelmente”, diz.
