Produtores de grãos esperavam que a desvalorização do dólar se refletisse nos preços dos defensivos agrícolas na safra 2019/2020, mas como os distribuidores formaram estoques com a moeda mais alta, isso ainda não aconteceu.
Mas, de acordo com o presidente da Associação dos Distribuidores de Insumos Agropecuários (Andav), Henrique Mazotini, o ajuste deve acontecer. “Haverá um entendimento entre os fornecedores e distribuidores para atender cada vez melhor os agricultores”, afirma.
Dados da entidade mostram que o ritmo de vendas de defensivos está 30% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. Segundo o Mazotini, vários fatores deixaram o produtor rural indeciso na hora de comprar, como a reforma da Previdência, a variação do dólar e as informações sobre a China, que passa por um surto de peste suína e já perdeu parte do plantel, o que vai diminuir sua demanda por grãos.
“Mas acreditamos que a partir de agosto, o ritmo vai se normalizar. Recomendamos ao agricultor procurar os distribuidores, que estão prontos para atendê-los”, diz.