A queda na demanda interna por frutas preocupa produtores do norte de Minas Gerais. A região tem uma das maiores áreas de fruticultura do Brasil, com aproximadamente 35 mil hectares. De acordo com a presidente da Associação Central dos Fruticultores do Norte de Minas Gerais (Abanorte), Nilde Lage, a situação decorre da pandemia de Covid-19.
Segundo ela, os produtores locais vendiam o quilo da banana prata a R$ 1,70 no mesmo período do ano passado, enquanto agora vendem a apenas R$ 0,80. “Infelizmente, isso não está sendo passado ao consumidor porque os supermercados não estão recebendo nenhuma pressão, e assim a banana chega ao consumidor entre R$ 6 e R$ 7”, explica Nilde.
Além da queda nos preços, os produtores enfrentam alta no custo de produção por conta de aumento da energia elétrica e problemas de logística. A presidente da Abanorte afirma que os principais consumidores são de Belo Horizonte e São Paulo e, por conta disso, a produção local tem certa desvantagem em relação a outros polos produtivos porque o deslocamento é um pouco maior.