Mesmo com o avanço da colheita de milho, os preços continuam subindo. Os portos têm registrado negócios com valores de R$ 54,50 a saca e o analista de mercado Vlamir Brandalizze afirma que existe uma maior demanda neste ano, o que mantém os preços aquecidos.
“O milho está forte em função de que a comercialização avançou muito rápido neste ano. Mais de 70% da safra já foi negociada e em alguns locais, como Mato Grosso, esse número passa dos 90%. Com o ritmo muito forte na exportação, o mercado se mantém firme. Só na primeira semana, o Brasil embarcou 2 milhões de toneladas na exportação e pode ultrapassar 6,5 milhões até o final do mês”, disse.
Além do mercado internacional, a demanda interna está muito boa, segundo Brandalizze. Ele explica que, com a alta demanda asiática pelas proteínas, o setor de ração está aquecido. Em relação aos próximos meses e uma possível falta de grão para o mercado nacional, o analista diz que “é difícil (faltar milho) porque as indústrias de ração vão se abastecer. E, talvez no final do ano, tenha um aperto, uma escassez, mas nada de mais, ainda há 22 milhões de toneladas a serem negociada”.