O corredor de umidade que estava alimentando as chuvas do Sudeste ao Centro-Oeste perdeu força e as precipitações se tornam pontuais e rápidas. Segundo a meteorologista Desirée Brandt, os acumulados previstos não devem atrapalhar o início da colheita da soja em Mato Grosso.
Mas ela alerta que o tempo segue firme até a virada do ano, pois da quarta-feira para a quinta-feira uma frente fria chega ao Sudeste e reforça as chuvas, que podem acumular 50 milímetros e paralisar momentaneamente os trabalhos de campo.
Nova Ubiratã (MT), por exemplo, segue com pouca chuva até 31 de dezembro. Depois, os volumes aumentam, mas sequer chegam a 10 milímetros. Só no dia 5 de janeiro é que o município recebe precipitações mais persistentes. “Podem ser cinco dias de dificuldade para a colheita da soja, mas depois volta a diminuir”, diz.
Enquanto isso, produtores do Rio Grande do Sul amargam com chuvas irregularidades e calor intenso. Nesta quinta-feira, 26, enquanto Cuiabá (MT) registra 36 ºC, os termômetros batem 40 ºC em Porto Alegre (RS). “Está muito quente justamente porque não chove. São mais horas de sol, o que aumenta a evapotranspiração e diminui a umidade de solo, o que já está trazendo prejuízo à região de milho do interior do estado”, diz.
A região de Condor (RS) deve ter 17 dias de chuva entre 26 de dezembro e 26 de janeiro, com acumulados em torno de 82 milímetros. “É muito calor e pouca chuva”, frisa Desirée.
Já para o oeste da Bahia, a previsão é de baixos acumulados e calor, mas isso deve melhorar a partir da semana que vem. “De 1ª a 5 de janeiro serão 30 milímetros. Em Barreiras (BA), nos próximos 30 dias, serão 168 milímetros distribuídos em 23 dias chuvosos”, comenta.