Agricultores protestam nesta quarta-feira, 13, na Assembleia Legislativa, em Campo Grande (MS), contra uma proposta do governo do estado que amplia a alíquota de cobrança do Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundersul). O fundo, criado há 10 anos, é uma medida do governador Reinaldo Azambuja para arrecadar recursos para melhorias nas estradas e rodovias estaduais.
O objetivo do setor produtivo é pressionar os parlamentares a não avançarem com a pauta. Em comunicado, os produtores afirmam que o imposto é indevido, já que prevê o pagamento apenas dos produtores rurais.
O produtor rural Chico Maia, um dos organizadores da mobilização comentou, nesta terça-feira, 12, durante entrevista ao jornal Mercado e Companhia, do Canal Rural, que o fundo foi criado quando não existia imposto sobre combustível. “O ITR era um imposto federal e se tornou municipal e o problema não é falta de recurso e sim faltas de gestão nos municípios. Em vez de baixar o custo da máquina pública, eles estão tirando de quem já está no sufoco”, diz.
“A produção agrícola, assim como a pecuária, trabalha com margens apertadas e até negativas. Exemplificando, a pecuária há 6 anos não vê um reajuste real na arroba do boi. Apesar disso, o Estado tem na agropecuária sua maior fonte de riqueza. O Fundersul tem sido desviado para atender ações permanentemente eleitoreiras do grupo político do governo do Estado, além de ser destinado para finalidades às quais não foram criadas e para as quais o setor rural sempre se posicionou contra”, diz um trecho da carta protesto divulgado pelos manifestantes.
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Confira a carta na íntegra:
