O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julga nesta terça-feira, 9, uma das ações que pedem a cassação da chapa do presidente Jair Bolsonaro e do vice Hamilton Mourão.
A ação aponta para abuso eleitoral por possível ligação de ambos com ataque hacker. Em 2018, o grupo de Facebook “Mulher unidas contra Bolsonaro” foi invadido e teve seu nome alterado para “Mulheres com Bolsonaro”. Então candidato à Presidência da República, Bolsonaro chegou a compartilhar a página alterada.
Se a chapa for cassada ainda este ano pelo TSE, devem ocorrer eleições para definir um novo presidente. Porém, de acordo com o comentarista Miguel Daoud, a chance disso acontecer não existe, pois o próprio relator da ação afirma que não há provas robustas sobre o envolvimento de Bolsonaro e Mourão.
Para o comentarista Miguel Daoud, essa ação específica será inofensiva para o presidente. No entanto, outras investigações que correm no TSE são mais graves e podem cassar a chapa. “Não vão cassar nesse processo, mas os outros casos têm chances de ir adiante. Hoje mesmo o Ministério Público Eleitoral autorizou que provas obtidas no Supremo a respeito do inquérito das fake news poderiam ser juntadas nas outras ações. O que preocupa o Bolsonaro nesse caso é que o empresário Paulo Marinho teria entregue provas que levariam a disparos por WhatsApp com despesas subsidiadas por empresários”, disse o comentarista.
Para Miguel Daoud, com essas outras denúncias, a chance da chapa ser cassada é maior. “Eu espero que isso não ocorra, pois não seria bom para o Brasil, que enfrenta uma situação muito delicada na questão econômica e na necessidade que temos de socorrer os brasileiros”, finalizou.