Na noite desta quinta, 3, Jorge Oliveira, ministro da Secretaria-Geral da Presidência entregou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma administrativa a Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados. Sem mencionar data, Maia disse estar confiante em votar a proposta ainda neste ano.
No entanto, para o comentarista do Canal Rural Miguel Daoud, a reforma que é considerada pelo governo federal um dos pilares da recuperação econômica do país, não será aprovada em 2020. Para Daoud, a proposta apresentada pelo governo serviu como uma forma de acalmar os ânimos do mercado e pouco tem a contribuir com o endividamento das contas públicas.
“Não acho que estamos focados em resolver o real problema no Brasil neste momento. Temos um rombo de R$ 500 bilhões nas contas públicas e não vejo como essa medida terá impacto imediato, uma vez que ela prevê regras mais rígidas apenas para os servidores que forem contratados após a promulgação da reforma. Além disso, ela não prevê mudanças para cargos de alto escalão do funcionalismo, justamente os que custam mais aos cofres do governo”, pondera Daoud.
De acordo com o comentarista, ao considerar União, estados e municípios, o gasto de dinheiro público com servidores chega a R$ 1 trilhão, sem considerar despesas com aposentadorias da categoria. “É muito dinheiro que se paga para o próprio Estado conseguir gerenciar suas atividades. Não podemos esquecer que momento do país é de extrema gravidade econômica”, ressalta o comentarista do Canal Rural.