O Reino Unido chegou a acordo com a União Europeia sobre o Brexit. O presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker e o primeiro-ministro britânico Boris Johnson já anunciaram ter o acordo fechado, tendo sido alcançada uma solução para a questão das Irlandas.
O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, encontra-se em Bruxelas, reunido com Juncker num encontro protocolar, e deverá também fazer um anúncio do novo acordo ainda nesta quinta-feira, 17.
“Apesar de lamentar profundamente o resultado do referendo de 23 de junho de 2016, continuo a acreditar que a União Europeia é melhor servida se houver uma saída ordenada e amigável do Reino Unido da nossa União”, escreveu Jean-Claude Juncker em uma carta ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, publicada no Twitter.
“No entanto, a ratificação do acordo de saída tem sido difícil no Reino Unido. De modo a ajudar o primeiro-ministro britânico a garantir a maioria necessária na Câmara dos Comuns, as negociações com o Reino Unido foram retomadas em setembro deste ano”, explicou.
De acordo com o presidente da Comissão Europeia, as negociações estão focadas no protocolo para a Irlanda e “procuraram identificar uma solução mutuamente satisfatória que dê resposta às circunstâncias específicas dessa ilha”.
“Os negociadores discutiram também a Declaração Política que estabelece o enquadramento da futura relação entre a União Europeia e o Reino Unido”, avançou Juncker.
“Acredito que é o momento de completar o processo de retirada e seguir em frente, tão rapidamente quanto possível, para [proporcionar] as negociações sobre a futura parceria da UE com o Reino Unido”, concluiu, na carta endereçada ao presidente do Conselho Europeu.
Novo acordo
Boris Johnson também já anunciou no Twitter o que já considera um “grande novo acordo”.
“Agora o Parlamento deverá concluir o Brexit no sábado para que possamos seguir em frente com outras prioridades como o custo de vida, o serviço nacional de saúde, os crimes violentos e o nosso ambiente”, declarou o primeiro-ministro britânico.
O economista-chefe da Necton, André Perfeito, acredita que mesmo com o dólar desvalorizado com a decisão, ainda deve haver um cuidado, pois o acordo ainda tem que ser costurado por outros parlamentos.