Agronegócio

Ricardo Alfonsin: Ponto alto do Plano Safra é o aumento no seguro agrícola

Analista jurídico fala sobre pontos positivos e negativos do Plano Safra que foi anunciado nesta quarta-feira, em Brasília

Para o analista jurídico e comentarista do Canal Rural, Ricardo Alfonsin, o Plano Safra 2020/2021 mais uma vez trouxe diversos pontos positivos e negativos. Entre os destaques positivos, segundo ele, está o seguro rural
Para 2021, segundo o Ministério da Agricultura, o valor para subvencionar a contratação de apólices de seguro rural em todo o país será de R$ 1,3 bilhão, um novo recorde.  Em 2020, o orçamento foi de R$ 1 bilhão e, no ano anterior, de R$ 440 milhões.
O valor deve possibilitar a contratação de 298 mil apólices, num montante segurado da ordem de R$ 52 bilhões e cobertura de 21 milhões de hectares.
“Eu sempre defendo a questão do seguro agrícola e, para 2021, teremos R$ 1,3 bilhões e em 2020 continuaremos com R$ 1 bilhão, lembrando que ele é ano civil, a partir de primeiro de janeiro de 2021. E essa é a grande notícia que tivemos neste ano”, disse.
Alfonsin também colocou como ponto positivo a habilidade da ministra Tereza Cristina em “costurar” o Plano Safra nas últimas semanas. “Ela tem uma maneira de conduzir que consegue, em meio à turbulência que vivemos hoje, harmonizar tantas opiniões e situações complexas, o que contribuiu para uma situação razoável para o plano safra”, falou.Como ponto negativo, ele destacou que muitos agricultores ainda não conseguem acessar o Plano Safra. “A cada ano teremos 30% dos produtores brasileiros atendidos pelo crédito oficial, aí temos outros 70% comprometidos com as empresas que realmente financiam a agricultura. Não podemos tirar os méritos do Plano Safra, mas um Moderfrota a 7,5% de juros em cima de uma máquina que custa 1 milhão é algo muito difícil”, concluiu.