No Rio Grande do Sul, indústria, setor produtivo e autoridades sanitárias buscam um consenso para a retomada segura do funcionamento das unidades interditadas em Lajeado e Passo Fundo devido a casos do novo coronavírus.
Pelo segundo dia consecutivo, a Assembleia Legislativa mediou uma videoconferência sobre a situação dos frigoríficos gaúchos com a participação de empresas e entidades do setor de proteína animal, ministério público, secretaria estadual da agricultura, secretaria estadual da saúde e mais de 15 deputados estaduais. Em entrevista ao Canal Rural, o presidente da Assembleia, Ernani Polo, destacou a representatividade do setor, tanto pela produção de alimentos, quanto pela geração de emprego para milhares de trabalhadores diretos e indiretos.
“Sabemos que essas indústrias trabalham com mão de obra intensiva, é uma necessidade aqui e em qualquer lugar do mundo. É um ambiente propício, úmido, mas por outro lado, o setor e essas empresas de forma geral já adota protocolos muito rigorosos para o controle e qualidade dos produtos pelas exigências do mercado internacional”, disse.
Ernani Polo chama a atenção para os efeitos colaterais das paralisações. “Temos que ter muito cuidado, pois a paralisação da atividade em um estabelecimento não impacta apenas nos funcionários. São plantas que estão envolvidas com a produção animal, são produtos perecíveis e quem têm um ciclo, com engrenagens interligadas”, falou.
A expectativa é que que setores envolvidos consigam uma solução para o retorno gradual dos trabalhos. “Assim evitamos que muitos animais precisam ser sacrificados, principalmente em um momento onde tantas pessoas passam fome no Brasil e no mundo”, concluiu.