A área da safra de feijão brasileira, que começa a ser colhida em dezembro, deve ser a menor da história, com menos de 914 mil hectares. A informação é do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe), que atribui o encolhimento da atividade à problemas climáticos nas últimas temporadas e à alta do milho e da soja.
O presidente do Ibrafe, Marcelo Luders, explica que a valorização do milho e soja deixam o produtor inseguro. “O produtor se sente inseguro quanto ao preço a ser praticado no feijão e diminui a área. Isso vem acontecendo nos últimos anos, especialmente em 2020, com valorização recorde da soja e do milho”, afirma.
Em relação à safrinha, Luders diz que é provável que o produtor venda lentamente a colheita de dezembro e janeiro e, por isso, é possível que o preço da semente continue valorizado.
Para o preço do feijão carioca, o presidente afirma “a entrada de uma nova fonte, como é o caso do estado de São Paulo, que começa a aparecer mais no cenário do feijão carioca, há uma certa insegurança dos produtos na hora de começar a colher, então os preços recuaram um pouco. É bem provável que no caso do feijão carioca, como não tem nada mais barato, esse preço seja o piso para o mês de novembro”.