Uma lavoura de soja cultivada na primeira quinzena de setembro, em Castro (PR), registrou o segundo foco de ferrugem-asiática da safra 2019/2020. O caso foi confirmado pelo Consórcio Antiferrugem nesta quinta-feira, 5. O primeiro foco também se deu no Paraná, em Ubiratã.
O site do consórcio irá registrar as ocorrências da doença durante a safra e tem mostrando ainda a presença de soja voluntária com ferrugem em várias regiões produtoras, indicando a presença do fungo. “Temos que intensificar o monitoramento, e nas regiões mais próximas, se as condições continuarem favoráveis, o agricultor pode fazer a primeira aplicação de fungicida para controle”, diz a pesquisadora Claudine Seixes.
A pesquisadora orienta produtores a consultarem os resultados de eficiência dos fungicidas para o controle da ferrugem e utilizar os multissítios para aumentar a eficiência de controle. Consulte a publicação: Eficiência de fungicidas para o controle da ferrugem-asiática da soja, Phakopsora pachyrhizi, na safra 2018/2019: resultados sumarizados dos ensaios cooperativos.
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Sobre a doença
A ferrugem-asiática da soja é a principal doença na cultura da soja e possui um custo médio de US$ 2,8 bilhões por safra no Brasil. Entre as principais estratégias de manejo da doença estão: o vazio sanitário, a utilização de cultivares precoces e a semeadura no início da época recomendada, o uso de cultivares com genes de resistência e o uso de fungicidas.
“Os produtores e técnicos que encontrarem ferrugem nas lavouras podem auxiliar a divulgar a informação, levando as folhas para as cooperativas e outros membros Consórcio Antiferrugem para atualizar o site do Consórcio Antiferrugem”, diz a entidade.