Em todo o mundo diferentes estratégias para combater o avanço do coronavírus são estudadas, na Suécia, essas medidas não foram tão severas. A professora universitária Paola Sartoretto, que mora em Estocolmo com seu marido e filho, relata rotina de quarentena.
Com o primeiro caso registrado no início de fevereiro, as restrições de fechamento de comércios, universidades e escolas aconteceu apenas em 18 de março. O governo optou para permanecer escolas primárias e creches abertas, porque acreditam que o risco social das crianças perderem um semestre letivo é maior do que o risco de contágio.
A professora afirma que as primeiras semanas de quarentena foram as mais difíceis, com muitas adaptações em relação à educação à distância e balancear o trabalho e cuidar do filho. “Foi uma época um pouco estressante, principalmente para mim que tive que adaptar várias disciplinas para o ensino à distância com uma criança em casa”, diz.
Sem apelar para medidas mais autoritárias, os suecos apenas são recomendados a não sair de casa, utilizar transporte público e realizar eventos com mais de 50 pessoas. Apesar de estratégia ser mais leve em comparação a outros países, a agência de saúde pública acredita ter resultados positivos, já que a taxa de incidência de doenças comuns nessa época caiu bastante.
Sartoretto relata que nas primeiras semanas de quarentena, como a população decidiu estocar produtos, os mercados estavam em falta de vários itens, mas situação já estabilizou. Também há a opção de fazer compras online para serem entregues nas casas, mas por causa de horários disputados, a entrega pode demorar de 7 a 10 dias.
Apesar de tomar medidas diferentes, a Suécia enfrenta mesmos problemas que outros países, entre eles, o aumento do desemprego. “Aqui muitas pessoas perderam o emprego, principalmente do setor aviação, restaurantes, hotéis e indústria”, conta a brasileira.