O clima seco na Rússia e nos Estados Unidos está dificultando atividades dos agricultores e elevando os preços do trigo. Os contratos para dezembro subiram mais de de 2% na bolsa de Chicago. Além disso, os analistas de mercado não descartam a hipótese do governo russo instituir uma nova cota para as exportações, o que limitaria a oferta externa do país e contribui para a alta de preços do cereal.
O analista da Safras & Mercado, Jonathan Pinheiro, explica que as bolsas internacionais refletem o clima seco nos Estados Unidos, regiões do mar negro e até mesmo Argentina. “Esse cenário leva uma preocupação de novos reajustes e reduções dos potenciais produtivos desses países”, diz.
Os impactos do clima seco na Rússia, maior exportador mundial do cereal, preocupa ainda mais. “A redução da produção na Rússia pode levar a questão da limitação da retenção das exportações e pode ter um grande impacto nos mercados internacionais”, completa.
Como o Brasil não é autossuficiente na produção de trigo, o cenário de alta dos preços e a valorização do dólar implica ainda mais a nossa situação, alerta o analista.