O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira, 9, durante entrevista, que a fase 1 do acordo comercial com China pode ser assinada um pouco depois do dia 15 de janeiro, data anunciada pelo país norte-americano em dezembro para a assinatura.
Apesar da fala do presidente americano, o Ministério de Comércio Chinês afirmou que o vice-premiê do país asiático, estará em Washington entre os dias 13 a 15 deste mês.
De acordo com Enio Fernandes, analista de mercado da Terra Agronegócio, o acordo deve ser sim assinado no próximo dia 15. “Acreditamos nisso porque essa viagem do vice premiê indica que a assinatura será realizada na data marcada, inclusive declarações anteriores já indicam isso”, afirma.
“O que acontece é o que Donald Trump gosta de deixar sempre uma dúvida no ar, querendo deixar sempre todas as atenções voltadas para ele e para o que decide e fala. Caso essa assinatura não aconteça na data prevista e comece a ser adiada diversas vezes, o mercado começará a pôr em dúvida essa possibilidade de acordo, e isso pode ser negativo para Chicago”, explica o analista.
Ainda segundo Enio, por outro lado, se o acordo for de fato assinado na próxima quarta, e realmente a China prometa em adquirir US$ 40 bilhões em produtos norte-americanos, só na área agrícola, Chicago terá estímulos para novas altas.
Segunda fase do acordo
Ainda nesta quinta, Trump afirmou que essa nova rodada de conversas não deve terminar antes das eleições de novembro nos Estados Unidos. “A primeira fase do acordo corresponde a cerca de 50% do pacto total com a China, já que Pequim pode chegar a comprar US$ 50 bilhões em produtos agrícolas norte-americanos”, disse Trump a repórteres na Casa Branca, nesta quinta-feira, 9.