Mais de 300 pessoas compareceram ao espaço Villa Vérico, na capital paulista, para prestigiar a Nelore Fest, noite conhecida como o Oscar da pecuária brasileira. Criadores de todo o país subiram ao palco para receber cerca de 95 prêmios para os destaques da raça no ano de 2019.
A grande festa começou com a premiação do circuito de qualidade, que é uma análise feita de fazenda em fazenda para descobrir as melhores carcaças. Quem se destacou na categoria macho foi Adilton Boff Cardoso, de Bataguassu, Mato Grosso do Sul.
“A gente faz um trabalho forte em cima disso e precisa entender se está certo. Quando a gente ganha o prêmio uma, duas, três, quatro vezes, percebe que está no caminho certo. Não para ganhar o prêmio em si, mas para chegar na produtividade de carcaça que nós queremos”, contou.
As homenagens não se limitaram aos criadores nacionais. Um frequentador assíduo da Nelore Fest, Monastério Rek foi eleito Melhor Expositor e Melhor Criador Nelore e Melhor Expositor e Melhor Criador Nelore Mocho do Ranking Nacional da Bolívia. “É uma honra para nós essa reconexão, em nome de todos criadores de gado da Bolívia”, disse.
De volta às premiações, o melhor produtor do ano foi uma surpresa. Walter Schlatter, diferente da maioria, que cria há gerações, ele começou há menos de dez anos e resolveu concorrer ao prêmio há poucos meses. “A gente foi cadastrado em julho e é a primeira vez que estamos participando e, logo de cara, estamos levantando esse lindo troféu”, comemorou.
Maria Cecília Brazil Menezes Garcia, do grupo Kalunga, levou o prêmio de Nova Geração. “É um incentivo pra nova geração que está vindo. Esse prêmio, que me deixa muito contente, também faz a alegria do meu pai. Afinal, nem sempre acontece de a nova geração dar continuidade e nós demos. Demos sorte, mas pretendo continuar a fazer isso por bastante tempo.”
E na categoria que premia a família inteira pela história com o Nelore, João Alvarez Filho foi o escolhido. Vencedor na categoria Família Nelorista, Joãozinho, como é conhecido, conta que tudo começou com o bisavô dele, na época em que o nelore estava sendo introduzido no Brasil.
“O meu pai sempre administrou as coisas agropecuárias da família, e há vinte e poucos anos resolveu ter a sua própria criação, com o nosso projeto de nelore, que, graças a Deus, está entre os destaques nacionais”, diz.
Ele dedicou o prêmio à dedicação do pai em construir o negócio da família. “(O mérito) É inteiramente do meu pai. Ele que sempre tocou os negócios da família e esse prêmio foi endereçado a mim só. Foi muito interessante, eu não esperava, não sabia. Esse prêmio é para a fazenda Valônia, mas ouvir meu nome foi muito emocionante.”
Foram quase 100 prêmios entre as categorias, incluindo segundos e terceiros lugares. Na última e mais importante, chamada de Supremo, que soma avaliações de criação e exposição, Ricardo Vicentim venceu e fechou a noite com um discurso motivador.
Em seu discurso de agradecimento, Vicintim ressaltou a qualidade da carne produzida pelo gado Nelore. “A carne mais saborosa, mais deliciosa, mais gostosa do mundo é a do Nelore”.
Ele lançou o desafio para a indústria levar ao mundo a carne do nelore como a carne mais saborosa do planeta. “Em qualquer lugar do planeta que eu viajo, experimento as outras carnes e sinto que a carne não tem gosto de carne. A única carne que tem gosto de carne é a do zebu e a do nelore em primeiro lugar”, comentou.