– O Milton tirou muito concurso de rédea com a minha doma, que na época era prova de baliza – afirma Castro.
Por ser mais velho, muitos o aconselham a não praticar a doma. O médico encarregado por Vornir havia proibido o domador de praticar atividades que exigissem esforços, mas, por ver que a doma fazia bem para sua saúde, autorizou.
José Antônio Anzanello, um dos proprietários da Santa Edwiges, admira seu Vornir, que com 70 anos ainda tem todo o fôlego para cuidar dos animais.
– Ele está entusiasmadíssimo. O médico tinha proibido ele de fazer isso, mas ele adora. Eu acho emocionante ver a alegria com o que ele faz essas coisas – declara Anzanello.
Há 14 anos, Vornir é o encarregado pelos animais da cabanha. Especialistas da Santa Edwiges afirmam que os cavalos pelos quais ele é responsável são bem cuidados e prontos para serem vendidos. A idade para Castro é o que o motiva a continuar.
Há dois tipos de doma: a doma racional e a doma tradicional. Doma racional, a mais apropriada atualmente, consiste em um processo de ensinar o cavalo, através de confiança e paciência. Já a doma tradicional é um método cruel para os animais, que quando usada, sofrem punições. Vornir usa a doma racional pois acha que é a mais apropriada.