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Transferência de embriões pode triplicar cobertura de éguas na estação de monta

Uso da tecnologia pode aumentar de 80 para 300 o número de éguas cobertas por um garanhãoUsada desde a década de 80 no Brasil, a transferência de embriões é uma técnica cada vez mais utilizada na reprodução de éguas.

Na raça crioula, a técnica passou a ser aceita somente em 2011 para as éguas marcadas e registradas pela raça, ou seja, aquelas que foram revisadas por um técnico da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) e estão dentro dos padrões da raça.

A técnica consiste em retirar o embrião da égua doadora e transferir para a receptora, que, por sua vez, terá uma gestação normal e amamentará o potrinho. É importante ressaltar que a genética da receptora não tem nenhuma influência na genética do embrião, ela apenas vai conduzir a gestação e a cria.

A transferência de embriões é indicada para inúmeros casos: éguas com idades avançadas, problemas para gerar um potro saudável, dificuldades de locomoção, problemas de ganho de peso durante a gestação.

O médico veterinário da Cabanha Três Corações, Marcone Braga, afirma que a inseminação artificial acelera o processo de melhoramento genético da raça crioula.

– Num período normal da estação de monta, através da monta natural, um garanhão cobre cerca 80 éguas. Com o uso da tecnologia esse número pode subir para 300 – explica Braga.

A raça crioula libera apenas a padriação de 120 éguas por garanhão em cada temporada de monta. Já reprodutores com registro de mérito podem cobrir até 150 éguas.

Leonardo Cardoso, da Cabanha Três Corações, conhece as vantagens do uso da tecnologia e não abre mão de utilizá-las para aprimorar o banco genético da sua criação.

– Eu acompanho direto, desde o cuidado de escolher a égua certa para botar o embrião até a escolha da égua doadora, tudo conta bastante cuidado para poder dar tudo certo – conta Cardoso.

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