O programa Cooperativismo em Notícia desta semana vai destacar o encontro entre cooperativistas catarinenses e produtores paraguaios reacendeu a esperança para novos negócios na importação de milho. A cadeia precisa disso e muito.
Fecoagro no Paraguai
Depois de dois anos, representantes do cooperativismo e do agronegócio catarinense retornaram ao Paraguai.
Porque é lá, no país vizinho, onde está parte do milho necessário para abastecer a cadeia de proteína animal.
Hoje, o déficit do estado é de quase seis milhões de toneladas e metade disso é a necessidade das cooperativas. E por ter terras e excelentes produtores, o Paraguai tende a se tornar, em breve, o salvador da pátria.
Afinal, existem atualmente perto de um milhão e meio de hectares livres para produzir milho, especialmente na parte norte do país.
No mercado aberto, nos dois primeiros meses do ano, janeiro e fevereiro, o Paraguai registrou produção recorde de milho que rendeu ao país receita de US$ 100 milhões. Foram quase 500 mil toneladas negociadas.
Infraestrutura
O principal obstáculo está na questão tributária, porque importar milho do Paraguai, apesar da cobrança do PIS/COFINS, é mais vantajoso do que buscar milho em estados brasileiros, onde a incidência do ICMS impacta diretamente no aumento do preço do grão.
Hoje, o estado desembolsa, com o pagamento do imposto, perto de um bilhão de reais, dinheiro que deixa de ser injetado na economia local.
Outra dor de cabeça está na logística de transportes. Em função das estradas mal conservadas, o preço do frete sobe. Sem contar que há transportadores que não aceitam trazer insumos para Santa Catarina por causa dos prejuízos que isso tudo causa.
A delegação catarinense, comandada pela Fecoagro, com apoio da OCESC, da AURORA COOP e da assembleia catarinense, viveu dois dias intensos de negociações.
O programa Cooperativismo em Notícia é produzido pela equipe de comunicação da Fecoagro/SC e veiculado pelo Canal Rural aos sábados às 08h30, com reprises às terças-feiras, às 13h30.
