O crédito de comercialização é importante porque é a fase seguinte a produção agrícola. O crédito custeio financia apenas uma intenção do que será produzido e na comercialização o produto já está pronto.
O total de crédito para comercialização na safra 2014/2015 chegou a R$ 23,11 bilhões, quando foram assinados 36.096 contratos. O Financiamento para Garantia de Preços ao Produtor é a principal modalidade, inclui a Política de Preços Mínimos e atingiu R$ 7,32 bilhões.
Em segundo lugar, a linha mais acessada foi a EGF – Empréstimo do Governo Federal. Neste caso, a tomada de crédito na safra passada somou R$ 5,96 bilhões em 13.530 contratos. Depois, em sequência de valores, temos crédito para Cooperativas (R$ 3,76 bilhões) e o Desconto de Nota Promissória e Duplicata Rural (R$ 2,37 bilhões), muito importante para área da pecuária porque frigoríficos e laticínios usam muito desse instrumento para poder pagar o preço ao produtor. Por fim, temos o crédito para Estocagem, somando R$ 1,80 bi.
Esse valor total, R$ 23,11 bilhões, é importante, sem dúvida. Mas o crédito de comercialização no Brasil deveria ser maior. Mas isso depende também da ampliação da capacidade de armazenagem no país porque essa modalidade permite ao agricultor escolher com mais tranquilidade o momento de venda e, portanto, ter uma renda melhor distribuída ao final do ano agrícola.