Casos de empreendedorismo, como o do agricultor Roberto Junges, felizmente, estão se tornando cada vez mais comuns no agronegócio brasileiro. A afirmação é do consultor desta área no Sebrae SP, Fábio Braz.

– Eles se aventuram para tentar alcançar ou conseguir um novo mercado. Eram produtores rurais e a produção, aquela matéria prima ou o produto in natura, era entregue para a indústria – explica.

No estado de São Paulo, a agricultura familiar, por exemplo, avançou bastante para atender mercados fortalecidos com políticas públicas. O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é uma dessas iniciativas que ajuda a garantir a venda dos produtos com um preço mínimo.

Por outro lado, há produtores rurais bastante focados em desbravar horizontes no mercado privado. A grande dica, segundo Braz, é empreender analisando o mercado – o que muitos não fazem antes de investir – e implantar a gestão daquele negócio. O Sebrae ajuda em todas as fases, com consultoria individual ou coletiva, trabalhando a cadeia de ponta a ponta, dos fornecedores até os mercados, inclusive com plano de comunicação e marketing.

O consultor lembra que ao decidir montar uma agroindústria o produtor rural precisa analisar antes dois pontos: oportunidade do mercado (para verificar se o negócio pode se manter por longo prazo) e os recursos disponíveis. Isso inclui o planejamento financeiro, a tecnologia utilizadas no local e a distribuição.