A venda de flores em supermercados, atividade relativamente recente, abriu uma oportunidade interessante de negócios para os produtores de todo país. O presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Carlos Corrêa, explica que, há cerca de 10 anos, o setor percebeu que poderia aumentar a variedade de produtos oferecidos aos clientes.
– A parte de frutas, legumes e verduras é uma parte que hoje representa 10% das vendas. E o setor de flores complementaria esse trabalho. Porque flores, frutas, verduras e legumes de qualidade, dispostos de uma maneira bonita, atribuem a todo o supermercado uma percepção de qualidade. E as cores motivam os consumidores às compras – comenta Carlos Côrrea.
Por serem produtos sensíveis, o cuidado na recepção e distribuição é extremamente importante, já que más condições de armazenamento e transporte interferem diretamente no tempo de vida da planta. Por isso, os supermercados ligados a Apas preferem comprar das cooperativas, que já fazem o trabalho de receber e conferir o que vem do campo. A estratégia garante ainda a variedade que as lojas precisam.
– Através delas, as redes têm uma qualidade garantida e também conhecem quais são as flores daquele período, aproveitando datas comemorativas para fazer compras especificas. – diz.
Com a economia instável e redução de custos, Côrrea observa que os consumidores estão sendo mais racionais no momento da compra, mas “por consequência, eles querem alguma indulgência e a flor pode ser isso. Ele compra a flor para substituir algum produto que ele não conseguiu comprar e, com isso, consegue se satisfazer”.
A Apas pretende que toda a base de associados, que chega a 4 mil lojas no estado de São Paulo, tenha um espaço para a venda de flores para atender aos clientes.