Em momentos de instabilidade nos preços, a qualidade é determinante para o sucesso da comercialização. A região de Castro (PR) se destaca como uma importante bacia leiteira do país. O gerente de mercado de leite da cooperativa Castrolanda, Henrique Costales Junqueira, afirma que é uma das localidades com maior uso de tecnologia na produção de leite.
– É nessas horas que percebemos o valor do investimento feito em tecnologia e na qualidade: num momento onde sobra leite no país, termos um produto diferenciado traz maior segurança para comercializar a produção – explica.
A preocupação com a qualidade daquilo que é oferecido aos consumidores é diária e rigorosa. São analisados quesitos como a composição do leite (gordura e proteína) e contagem bacteriana. O produtor sabe a importância desses processos: é remunerado com base nos resultados.
A Castrolanda beneficia diariamente 700 mil litros de leite, parte é transformada em derivados. Já na Pool Leite, entidade formada por oito cooperativas da região, incluindo a Castrolanda, o número chega a 1,5 milhão de litros por dia.
Os produtores da região – como Armando Rabbers, que robotizou a ordenha para operar 24 horas – têm investido em tecnologia, mas não é só. A alimentação do rebanho também é determinante, tanto que os agricultores se organizam para que a silagem seja farta o ano todo. Boa parte já plantou o milho e está colhendo as últimas forrageiras da safra de inverno.
As propriedades de Castro e arredores ainda conseguem aliar produtividade e sustentabilidade. Os dejetos, por exemplo, são tratados e podem ser usados como adubo na lavoura, reduzindo os custos na propriedade.