Quando o assunto é financiamento para o agronegócio, geralmente, a primeira coisa que vem à cabeça são os recursos disponibilizados para produtores ou cooperativas. Mas, o ciclo da agropecuária possui outro componente importantíssimo: as empresas e indústrias.
O superintendente empresarial do Banco do Brasil em São Paulo, José Belini Neto, afirma que, por conhecer a cadeia produtiva, o banco está atento as necessidades dessas empresas, inclusive oferecendo consultoria especializada.
Um desses clientes é a Entringer, que há quase 30 anos atua na fabricação de peças para armazenagem em Assis, no interior paulista. Belini explica que cada um dos fornecedores, seja de chapas de aço até parafusos, têm uma linha que possibilita entregar o material em tempo hábil para confecção dos componentes.
– O banco financia a produção dos silos, que é um processo de longo prazo, são projetos feitos em fases, então demandam um capital de giro bastante intenso. Ao mesmo tempo, com o convênio BB Agro financia também o produtor ou a cooperativa que está interessada em comprar, através de linhas de investimento, como o PCA – explica.
A estratégia do banco é oferecer alternativas desde a produção dos alimentos até a distribuição no varejo ou as exportações. Por isso, existem segmentos internos especializados em cada área, oferecendo soluções adequadas ao tamanho e fase da empresa.
A agência responsável pela negociação analisa o projeto, propondo um prazo adequado, de forma que o retorno do investimento torne viável o pagamento do empréstimo. Como no caso da Entringer, os gerentes de relacionamentos são instigados a conhecerem profundamente os clientes que atendem.
– A responsabilidade deles é estar próximos aos clientes para entenderem suas necessidades e inclusive, atuarem como consultores, verificando aspectos como sucessão e melhorias de processos. Em momentos como o que estamos vivendo hoje, rever processos continuamente é fundamental – afirma.