90% das sementes de milho e 85% de soja são modificadas geneticamente

A adoção de sementes com alterações biotecnológicas cresceu rapidamente no Brasil. As modificações genéticas tornaram as culturas mais resistentes às pragas e doenças, aumentaram a capacidade produtiva e, consequentemente, o lucro dos agricultores. Hoje, segundo estimativa da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), cerca de 85% das sementes de soja são modificadas geneticamente e o milho tem uma taxa ainda mais expressiva: 90%.

Assim como os produtores rurais, os sementeiros também contam com as linhas de crédito. As mais utilizadas são Financiamento de Garantia de Preços ao Produtor (FGPP); Desconto de Nota Promissória Rural (NPR) e Duplicata Rural (DR); Financiamento para Estocagem de Produtos Agropecuários integrantes ou não da Política de Garantia de Preços Mínimos (FEPM e FEE).

Garantir a comercialização de sementes a um preço justo é uma preocupação constante da Abrasem que está sempre discutindo os valores relacionados à Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), junto ao Banco do Brasil e o Ministério da Agricultura.

Mas não é só no momento da venda que esses produtores precisam de recursos e há outras linhas de créditos disponíveis pelo Banco do Brasil. José Américo Rodrigues, presidente da entidade, destaca a necessidade de investir em tecnologia para ganhar competitividade no mercado internacional.

– A indústria de sementes do Brasil é de ponta. Não deve nada a indústria de nenhum outro país agrícola. Em razão disso, precisamos estar atualizados no que se refere a instalações físicas, como armazéns, e aquisição de máquinas e equipamentos. Então, as linhas de investimentos também são fundamentais para essa atividade. – explica.

A orientação é que os agricultores procurem sempre sementeiros que ofereçam garantia de qualidade e assistência técnica. Rodrigues chama a atenção para um problema grave nas lavouras brasileiras: a compra e venda de sementes piratas, que – na contramão das certificadas – abre brechas para a proliferação de doenças.

 – É prioridade para a indústria de sementes brasileira desenvolver ações para minimizar os danos que a piratas trazem. – reforça.

Para a safra 2015/2016 a expectativa da Abrasem é manter a estabilidade e o crescimento verificado nos últimos anos.