O produtor de leite sofreu com a queda no valor pago por tonelada, que caiu de US$ 5 mil para US$ 1,6 mil. Porém, Richard Ribeiro, presidente da Associação Paulista dos Criadores de Holandês (APCH), afirma que o cenário está mudando e caminha para US$ 3 mil por tonelada. Além disso, com o dólar no alto, o Brasil passa de importador para potencial exportador. Anos atrás, o leite vindo do Mercosul trazia problemas para o pecuarista local.
– No momento que o agricultor mais precisava de custeio, fazer planta, silagem, investir na propriedade, vinha esse leite de fora, derrubava os preços e vivíamos nesse “deus nos acuda” – conta Ribeiro.
A APCH está buscando incluir mais associados, com diferentes perfis. Já que grandes empresas fazem parte da rede, agora estão de olho nos pequenos produtores. Querem oferecer consultoria e contribuir para mantê-los na atividade. Afinal, a cadeia produtiva do leite é um setor que gera muitos empregos no país.
Um outro desafio da agropecuária é a sucessão familiar: tornar o campo atrativo para as próximas gerações – em conforto, segurança e com tecnologia. Esse último item está em alta. O crescimento nos investimentos em conforto animal e melhoramento genético maximizam o potencial.
Muitas dessas iniciativas vem dos jovens que estão retornando para casa, trazendo inovações e melhorias na capacidade produtiva. Fábio Toffoli é parte desta nova geração. Ele incentivou o pai a investir e o resultado é um preço mais atrativo pago pelo laticínio.
– Isso faz com que a atividade crie ferramentas para se manter lucrativa. O mercado é competitivo, precisa ter uma pesquisa sobre como ser feito, de acordo com cada região, é um caminho de sucesso – diz o diretor da APCH, Renato Landini Dias.