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Família de cafeicultores encanta europeus

“Amar a terra” é o conselho de sucesso que atravessa quatro gerações na família Reis. Uma das propriedades, no sul de Minas Gerais, foi construída em 27 de outubro de 1923. É quase centenária a tradição e a história no agronegócio. Os irmãos Tony e Isabela é quem tocam atualmente o negócio, carregam as memórias e mantêm a parceria com o Banco do Brasil que começou lá atrás com o avô.

– Meu avô, um homem de grande visão, Aristides Reis, sempre buscou no Banco do Brasil, desde sua abertura em 1918, parceria para suas realizações. Continuou com meu pai Toninho Reis e hoje comigo, com meu irmão Tony e com a minha mãe Dona Glória. Pareceria que visa alta tecnologia de produção e qualidade – relembra Isabela.

O crédito de custeio ajuda em despesas como o preparo do solo e a compra de insumos. Recentemente, dois tratores – e mais alguns equipamentos – foram comprados pelo Programa de Sustentação do Investimento, o Finame Rural PSI, e custaram R$ 800 mil.

Tony explica que o plantio de café é semelhante a fazer a base de uma casa: os alicerces precisam ser bem firmes, com estrutura profunda dentro da terra. Só para o preparo do solo são utilizadas três toneladas de esterco de galinha por hectare, sete litros de palha por metro, 1,5 mil quilos de super simples e 750 quilos de calcário.

– A lavoura de café é muito exigente. Se você não colocar na hora certa o produto certo, pode ocasionar perda. Você bem estruturado financeiramente faz com que aconteça melhor o trabalho dentro da lavoura – explica Isabela.

Tanto cuidado tem justificativa. Esse é o altíssimo padrão de qualidade exigido para o café Premium, destinado à exportação. 80% do que é produzido na propriedade vai para o mercado externo, principalmente o europeu. O gerente do Banco do Brasil, Antônio Leite de Melo, cuida da conta da família e comenta que a preocupação com o tripé social, ambiental e econômico faz a diferença na produção dos Reis.

– Eles têm uma particularidade: conduzem o empreendimento com alta tecnologia, com ganho de escala, produtividade, ganho de qualidade e cuidam também do ambiental – diz Melo.

A colheita do café normalmente é feita entre os meses de maio e agosto, quanto mais cedo ela termina, melhor a qualidade do grão do café. Graças a todo investimento em tecnologia, a produtividade na propriedade em Nepomuceno é de 38 sacas por hectare – quase o dobro da média nacional. E novidades continuam sendo implementadas. 

– Esse é um modelo que estamos começando a adaptar em nossas propriedades: o safra zero. Ano passado, essa lavoura foi podada para dar uma safra para 2016. É um projeto muito bom, pois você vai ver as rosetas delas, que são os internódulos prometendo uma safra muito boa para 2016. De 12 a 13 internódulos por vara é uma promessa muito boa de safra, de 75 a 80 sacas que vai dar uma média de 40 sacas por hectare. – conta Tony.

Só este ano, mais 80 hectares foram plantados. Depois da colheita, os grãos passam por máquinas de secagem antes de seguir para o mercado internacional. Somente no exterior é que os grãos são embalados e revendidos por diferentes marcas.  

– Ficamos felizes porque o banco ele não se preocupa só com a produção, com produtividade, ele olha os dois lados. Da porteira para dentro tem custeio, investimento, tecnologia, máquinas e implementos. Da porteira da fazenda para fora, o Banco do Brasil apoia com soluções de comercialização e seguros de preço – explica Melo.

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