A portuguesa Alzira Moreira, que desembarcou no Brasil há mais de 60 anos, é pecuarista em Pindamonhangaba, interior de São Paulo. Vinda de uma família de agricultores do norte de Portugal, também aprendeu parte do ofício com o falecido marido, que era cliente do Banco do Brasil. Após a morte do companheiro, Alzira assumiu a parceria com o banco e deu continuidade ao negócio.
Na época, a idade avançada foi um desafio porque os produtores precisam apresentar garantias de pagamento. Mas o funcionário do BB, Rodrigo Anan Saiki, que na época estava na carteira agrícola, decidiu visitar a propriedade e se deparou com os projetos e a energia dessa senhora. Ele não teve dúvidas: não havia risco nenhum em liberar o crédito.
Com os recursos, Alzira comprou um trator e uma máquina para misturar e triturar a silagem. A comida das vacas ficou homogênea, favorecendo a produção de gordura e proteína no leite. Os 3,5 mil litros são vendidos para um só lacticínio, que faz análises diárias e paga mais pelo leite de qualidade: R$ 1,40 por litro.
Há mais de 20 anos, Francisco Sávio de Almeida é gerente da fazenda. Hoje, atribui a produção forte da propriedade à tecnologia, que potencializa a capacidade dos nove funcionários.
– Um funcionário sozinho trata de mais de 300 animais. Se fosse tratar manualmente, precisaríamos triplicar esse número – afirma Almeida.
Com recursos do Pronamp Investimento, a pecuarista não parou. R$ 100 mil foram investidos na compra de 25 matrizes. O rebanho de leite e corte chegou as 1,1 mil cabeças e ela precisou arrendar uma nova área na propriedade. Previsão de aposentadoria? Nem tão cedo. A parceria entre o Banco do Brasil e Alzira promete ir muito longe.