A certificação de referência com base em pastagens perenes chegou em 2012, mas o trabalho duro do produtor de leite, Ronaldo Moraes, começou há bastante tempo. Com seis vacas dadas por seu pai, numa propriedade de 3 hectares em Ibicaré, oeste de Santa Catarina, ele investiu e multiplicou esse número. Hoje, são 53 cabeças de gado e 24 vacas em lactação.
Moraes conta que começou num momento de crise, no qual a maioria dos produtores estava deixando a zona rural para buscar emprego e uma vida mais sossegada na cidade. Junto de Lucélia, sua esposa, Ronaldo contou com o crédito de investimento do Banco do Brasil para construir um estabulo mais moderno.
– Não imaginei que chegaríamos a esse ponto, a essa produção – conta Lucélia com um sorriso no rosto.
Aos poucos, eles conseguiu comprar as partes do terreno que pertenciam ao irmãos, totalizando quase 15 hectares. Possibilitando construir uma nova casa para sua família. Depois, o financiamento foi uma sala de ordenha, com ordenhadeira e resfriador de leite.
Em seguida, veio o convite do governo de Santa Catarina: a família Moraes participaria do programa de extensão rural para alimentação de pastagens perenes, que aumentam e melhoram a produção de leite. Eles, que tinham uma área grande e apropriada para esse tipo de pasto, logo aceitaram.
Hoje, a propriedade produz cerca de 500 litros de leite por dia. E Ronaldo não cogita parar de investir:
– Temos várias vacas com produção boa, pretendo melhorar e investir cada vez mais. Se você não faz isso, fica parado no tempo – afirma.
O próximo projeto é a construção de um tratadouro só para novilhas, com capacidade para 30 bezerras. Otimizando, desta forma, o tempo e a logística na hora de ordenhar.