Os citricultores precisam ficar atentos ao mercado internacional. A alta no dólar favorece as exportações e a estimativa de apenas 80 milhões de caixas de laranjas produzidas na Flórida, Estados Unidos, abrem espaço para o produto brasileiro ganhar mais espaço. O especialista Antônio Ambrósio Amaro, que atua na área há mais de 50 anos, chama atenção para a possibilidade de geadas provocadas pelo El Ninõ, que complicaria ainda mais para os norte-americanos.
O Brasil é o maior exportador de suco de laranja, responsável por 60% da produção mundial. O setor, que cresceu bastante nas décadas de 1980 e 1990, infelizmente, tem apresentado uma queda no consumo internacional – fato intensificado pela crise de 2008. Além disso, a competição gerada por outros sucos, como de uva, maçã e abacaxi também derrubam a demanda.
Ao mesmo tempo, os estoques de todos os países estão diminuindo. Amaro afirma que é neste momento que a boa gestão da propriedade rural fará a diferença. Com o parque citrícola estabilizado, o desafio fica com a contenção e erradicação de pragas. Para isso, o especialista defende um “cardápio” de ações a serem feitas, destacando o plantio de quebra ventos, que diminui a transmissão dos vetores.
– O trabalho que foi desenvolvido pela Secretária da Agricultura e o Fundecitrus tem grande sucesso a nível mundial no combate ao greening – doença mortal para citricultura – conta.
A recomendação é simples: trabalho em conjunto. Não adianta o produtor cuidar da lavoura e a propriedade vizinha transmitir a praga. Por isso, os agricultores devem realizar a pulverização simultaneamente.