As cooperativas brasileiras, tradicionalmente, são grandes tomadoras de crédito para investimento, custeio, capital de giro e até mesmo integrar quotas-parte do capital social. A Cooperativa Agropecuária e Industrial, a Cotrijal de Não-me-Toque, no Rio Grande do Sul, por exemplo, utiliza recursos todos os anos.
De acordo com o superintendente administrativo-financeiro, Marcelo Schwalbert, as linhas mais acessadas são o Procap, para capital de giro, e a Prodecoop, para investimento, além das linhas de custeio.
– A gente tem uma estratégia, todo ano, de trabalhar antecipadamente. Então, geralmente, a cooperativa busca essas linhas antes da metade do ano, ou seja, 80% do recurso que pegamos é do Plano Safra anterior – explica.
A produção organizada e programada faz toda a diferença na rentabilidade do produtor.
Schwalbert diz que no noroeste gaúcho, o produtor trabalha com uma comercialização menor, se comparado ao outros estados. A sugestão, para este ano, é tentar assegurar os preços para negociações futuras.
Na região da Cotrijal, cerca de 35% dos produtores já travaram os valores para a safra 2015/2016. No resto do Rio Grande do Sul, esse percentual é menor, fica entre 20% e 25%. O superintendente também afirma que, de um modo geral, como o estado tem áreas agrícolas consolidadas, não deve haver um aumento expressivo nas lavouras plantadas neste ano.