Produtores rurais com renda anual – proveniente da atividade agropecuária – de até R$ 1,6 milhão se enquadram no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). Fabrício Mariano Ferreira, superintendente do Banco do Brasil, em Bauru, no oeste do estado de São Paulo, atribui a essa abrangência o sucesso da linha de crédito.
Ele afirma que o Pronamp é a linha mais utilizada na região. E os principais objetivos dos financiamentos são melhoria nas instalações e equipamentos de irrigação.
Quando o assunto é irrigar de forma sustentável e rentável, os recursos do Programa de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem (Moderinfra) também estão disponíveis. A vantagem do Pronamp é que o acesso costuma ser mais rápido.
– Enquanto ele é operado no Banco do Brasil, o Moderinfra tem interveniência de agente externo (BNDES). Por isso, o prazo de exigibilidade no Pronamp é maior. – explica.
Através do Pronamp, o produtor consegue financiar máquinas, equipamentos, caminhões, embarcações e estruturas de armazenagem. O limite de crédito concedido é de até 100% do orçamento, com teto máximo de R$ 385 mil por beneficiário em cada ano agrícola. Os empreendimentos coletivos variam de acordo com o número de beneficiários, respeitando o teto individual por participante e limitado a 10 mutuários. As taxas de juros são de 7,5 % ao ano. O prazo de pagamento chega a oito anos, com até três de carência.
Já o Moderinfra fornece além das tecnologias para irrigação: infraestrutura elétrica, construção, modernização, reforma ou ampliação de instalações para guardar máquinas e implementos agrícolas. O limite financiável também cobre até 100% do orçamento, disponibilizando no máximo R$ 6 milhões por beneficiário ao ano. Os itens de irrigação têm taxa de juro de 7,5% ao ano e os demais operam em 8,5%. O investimento pode ser quitado em até 12 anos com três anos de carência.