Armando Toffoli aprendeu desde pequeno a trabalhar com gado leiteiro. Prestes a completar 60 anos, repassa ao filho, Fábio, todo o conhecimento que tem. Para deixar um caminho pronto para o filho e os netos, Armando buscou as linhas de investimento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Comprou matrizes e já tem 42 vacas produzindo.
– A gente anda mais rápido um pouquinho. Embora seja difícil, você tem que calcular bem o que vai fazer, senão tem que vender um bem. O que está ganho não pode ser disponibilizado para pagar dívida, você tem que pagar da própria renda. Mas tá dando certo, graças a deus – diz Armando.
O sistema de irrigação também foi construído com recursos do Pronaf. Para garantir o pasto verdinho e ampliar o rebanho foram investidos R$ 80 mil. E não para por aí: o filho já fez um curso de inseminação animal para melhorar a qualidade genética dos animais. Como não quer mais ter problemas com a ração, pensa em plantar as forrageiras que podem ser aproveitadas como silagem.
– Para esse gado de mais genética precisa de uma comida melhor. A gente está com esses planos aí pra ver se concretiza – explica Armando.
O outro investimento da família Toffoli é um sistema de ordenha mecanizada, que vem facilitando a vida do Fábio. Ele desenvolveu até hérnia de disco por causa do método antigo, manual. Com o sistema atual é possível fazer ao mesmo tempo a ordenha de até quatro vacas. Hoje, a produção diária é de 600 litros de leite.
– Antes era balde ao pé, a gente mexia no latão para levar no refrigerador. Agora facilitou muito, porque já é tudo canalizado. Da vaca já cai direto no resfriador sem nenhum problema – conta Fábio.
São duas ordenhas por dia, uma logo cedo e outra à tarde. Pelo litro do leite, o laticínio da região paga R$ 1,22. Isso graças ao resfriador para três mil litros. O antigo não comportava mil litros. O Fábio já pensa em melhorias para desenvolver os negócios e obter mais renda com a propriedade, que fica no pequeno município de Macaubal, no oeste de São Paulo.
– Se você não investir, pode parar, né? Hoje em dia o mercado tá muito competitivo. Se você não produzir, você para – afirma Fábio.