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Sucesso no plantio de arroz no Vale do Paraíba

O tapete verde que se estende pela propriedade de Maria Emília Valério são as várzeas de arroz, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo. Parte da terra cultivada fica em Tremembé, há cerca de 130 km da capital paulista. A produtora nasceu na lavoura, casou com um agricultor e mesmo com o fim do casamento, continuou no campo.

– Eu gosto do que faço, sempre gostei. Não tem como mudar. Nunca quis mudar, continuo na lavoura desde que nasci, muito feliz – conta Maria.

Maria tem a ajuda do agrônomo Adriano Ribeiro do Val Marques, que presta consultoria e organiza os projetos apresentados ao Banco do Brasil. Um deles é para renovação do crédito de custeio – cerca de 500 mil reais a cada safra, utilizados para cobrir as despesas de produção. Os recursos são imprescindíveis para o desenvolvimento da atividade.

– Vou ser sincera: sem o banco a gente não consegue trabalhar, o Banco do Brasil nos ajuda muito. Muito não, em tudo, é fundamental – afirma Maria.

Com o manejo adequado e crédito, Adriano explica que a produtividade nas lavouras tem sido boa. Em média, são seis mil quilos por hectare.

A excelência na produção é fruto de investimento. Algumas máquinas foram compradas pelo Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural, o Pronamp Investimento, entre elas o pulverizador autopropelido que custou R$ 89 mil.

– Ele é usado para aplicação de defensivos na lavoura. Está com roda de ferro para andar dentro da lavoura de arroz irrigado, dentro do barro. Com as rodas de ferro ele não estraga a lavoura, mantém a produtividade e a qualidade do produto – explica Marques.

A maior parte da produção é negociada com grandes empresas do setor. Um pouco passa pelo beneficiamento na usina instalada na fazenda de Tremembé. Depois de embalado, o arroz é vendido nos supermercados da região de Taubaté e Pindamonhangaba. E não é só com arroz que Maria Emília trabalha. 

– Ela cultiva mais ou menos 500 hectares, cerca de 50% disso é arroz, 50% é soja. E na área de soja ela produz milho safrinha como segunda safra – completa Marques.

Hoje, Maria Emília repassou o trabalho pesado para os filhos, mas segue firme na administração financeira. E todos os dias, confere o desenvolvimento da lavoura. É quando ela aproveita para admirar e fotografar o “tapete verde” que tanto ama.

– Acho que isso aqui é o que me dá vida, é muito bom estar aqui – afirma Maria.

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