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Após quatro anos consecutivos de recordes, a comercialização de fertilizantes no país pode cair em, aproximadamente, 1,7 milhão de toneladas – 5,3% em relação a 2014. A estimativa é do diretor-executivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), David Roquetti Filho.  No acumulado de janeiro a outubro de 2015, a redução foi de 6,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando 25,7 milhões de toneladas.

Além do ambiente político e econômico do país, que deixa o produtor mais inseguro quanto a gastos, a alta do dólar dificulta o acesso aos insumos importados, porque eleva seus custos. A ureia e o cloreto de potássio, por exemplo, ficaram 21% e 24% mais caros, respectivamente. Outro fator que influencia negativamente as negociações é o clima. Algumas regiões do país têm sofrido com falta ou excesso de chuvas.

A fronteira agrícola composta pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, chamada de Matopiba, e o Centro-Oeste vêm aumentando em 3,5% ao ano a produtividade nas principais culturas, de acordo com a Anda.  Dados que mostram a importância da adubação adequada no campo.

“Se você analisar o Brasil como um todo, grande parte do seu território é formada por terras ácidas, que necessitam de calagem, que é a utilização do calcário para equilibrar o PH e permitir o trato posterior”, explica.  

O consumo de fertilizantes para pastagens, embora tenha crescido, representa menos de 3% das 32,2 milhões de  toneladas entregues  em 2014. A pecuária ocupa cerca de 174 milhões de hectares – 20% do território brasileiro.

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