O ano começou com uma nova meta para os produtores de ovos do Rio Grande do Sul, estado que detém 8% da produção brasileira, ou seja 3,5 bilhões de unidades: vender mais para outros países. Hoje a participação gaúcha em mercados internacionais é bastante tímida, de apenas 1%. Os Emirados Árabes são os principais compradores.
Para conseguir isso, o setor aposta em qualificação das indústrias que trabalham com a matéria-prima. “Precisamos lapidar o setor para se tornar exportador e estamos fazendo isso por meio de orientação, correção de processos dentro das granjas, evolução da higiene, controle de pragas e insetos, inclusive com vistorias feitas pelo Ministério da Agricultura”, afirma o coordenador do Programa Ovos/RS, Eduardo dos Santos.
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As granjas que aderirem ao programa, que está em seu 7º ano, ganharão um selo de certificação em sua embalagem. Ou seja, mostrarão ao mercado que atendem às leis vigentes, critérios de biosseguridade e sanidade. Atualmente apenas 13 granjas do estado são autorizadas a usar o selo, que fica visível ao comprador: “É a garantia para o consumidor que aquele produto tem qualidade”, diz o coordenador do programa.
Mercado nacional
Além do mercado internacional, há também uma preocupação com o mercado interno.
Apesar do esforço do setor, ainda há questões da porteira para fora que impedem o avanço do consumo, como por exemplo, os mitos que rondam a proteína. “Ainda temos que estar a todo o momento desmistificando informações que circulam e provando por meio de estudos e pesquisas que o ovo é sim um alimento importante na dieta. Mas quando conseguimos mostrar a importância dele, vem outra onda contrária”, explica.
O Rio Grande do Sul tem apenas uma indústria de processamento de ovos, mas até o final do ano deve ganhar outra. “Em novembro devemos inaugurar uma indústria de ovo líquido e em pó. E iniciativas assim contribuem para o aumento de exportação”, conta Santos.
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