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Diversos

Quais os impactos das condições meteorológicas na safra de café?

Coordenador do departamento de geoprocessamento da Cooxupé comenta e dá dicas de como o produtor pode fazer para maior produção na safra 2022

A Cooxupé, maior cooperativa de café do mundo, realizou nesta terça-feira, 21, a 3ª edição do fórum de café e clima. Dentre os principais temas, as palestras abordaram principalmente as condições meteorológicas e os impactos na safra de café 2021, além das perspectivas e tendências para os próximos anos em relação ao clima.

Segundo Eder Ribeiro, coordenador do departamento de geoprocessamento da Cooxupé, o início de setembro foi marcado pelas condições desfavoráveis do clima, com temperaturas altas e chuvas que demoraram para ser regularizadas. “Essa combinação de temperaturas não favoráveis com falta d’água impactaram na safra de 2021”.

O coordenador ainda comentou que o cafeeiro tem uma planta que desenvolve os frutos ao mesmo tempo, do produto que serve para a safra de 2022. Este ano, em função das condições climáticas adversas, o crescimento da safra de 2021 foi menor. 

“Tivemos geadas que prejudicam lavouras em muitos municípios e sem contar que as condições pré florescimento não estão boas. O armazenamento de água no solo está baixo. O produtor com relação a essas lavouras que foram queimadas pela geada ele vai ter que pensar bem em qual medida, se vai podar ou não”.

Referente a poda, Ribeiro entende que se continuar dessa forma pode ser que não haja café suficiente para atender as necessidades do mercado. “Ainda é cedo para dar uma opinião, pois as condições meteorológicas podem mudar e a lavoura representa uma resiliência e pode melhorar o fator produtivo. Essas condições que podem ocorrer agora vão definir como vai ser o tamanho da safra de 2022”.

O coordenador da Cooxupé ainda passa duas dicas que o produtor deve ficar atento para ter uma produção boa. A primeira refere-se ao aguardar o melhor momento para aplicar as podas, esperando as primeiras chuvas e ver como as lavouras respondem, a partir disso o produtor pode tomar a decisão de poda ou não. A segunda é para o produtor acompanhar as condições climáticas e conversar com técnicos para fazer as correções de manejo. “Só assim ele vai colocar o seu custo de acordo com a safra que ele vai produzir”.

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