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De piruá a fonte da juventude: conheça 8 curiosidades sobre o milho

O caminhoneiro Carlos atravessou parte do Brasil para transportar milho do Mato Grosso ao Pará. Trechos dessa viagem podem ser assistidos em vários episódios dessa temporada do Na Estrada. No entanto, o que poucos internautas e telespectadores sabem é que cerca de 85% do milho que é cultivado e transportado no Brasil não é direcionado para o consumo humano, mas para o consumo animal. Você sabia?

De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias do Milho (Abimilho), isso se deve principalmente à falta de informações sobre o grão e de uma maior divulgação de suas qualidades nutricionais. Bora se informar, então? Confira aqui outras oito curiosidades sobre o milho.

1. Invenção mexicana

O milho foi “inventado” há cerca de oito mil anos, por indígenas mexicanos. O termo “invenção” pode ser empregado aqui porque a espiga, em sua origem, media apenas 2,5 centímetros. Foi por meio de um processo de seleção que ela, pouco a pouco, foi se transformando e sendo substituída até se converter no grão que conhecemos hoje. Sem a mão humana, o milho provavelmente não existiria, pois suas sementes são pesadas e firmemente presas à planta, o que dificulta sua produção independente.milho_na_estrada1

Imagem: Morguefile
2. Você sabe o que é piruá? Não seja piruá.

Como diz o escritor Rubem Alves em sua crônica “A pipoca”, a palavra piruá é conhecida dos mineiros, mas estranha para os paulistas, por exemplo. Piruá é aquele milho que se recusa a estourar e que sobra no fundo da panela de pipoca. Para o autor, “piruás são aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. […] Vão ficar duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca macia. Não vão dar alegria para ninguém.” Não seja um piruá. 😉

Imagem: Morguefile
3. Pipoca que estoura para dentro

Agora que você conhece o piruá, vamos falar sobre o “piruá peruano”. A culinária peruana utiliza um milho do tipo chulpe que –  semelhante ao piruá que sobra no fundo da pipoqueira brasileira – se nega a estourar e formar uma flor branca. O chulpe, depois de esquentado na panela, fica com a casca mastigável, mas não macia. Ele não estoura para fora, mas estoura para dentro. Tem gosto de pipoca invertida. Esse tipo de grão é servido como petisco ou como acompanhamento em pratos típicos peruanos. Que tal um ceviche com chulpe?

Imagem: Morguefile
4. Não é totalmente digerido

Você já comeu milho e, mais tarde, quando foi ao banheiro, teve a impressão de que o grão fez um tour completo pelo seu corpo e saiu lindo e inteiro pela “porta dos fundos”? Pois isso é apenas uma impressão. Quem sai inteira nos excrementos humanos é apenas a casca do milho. Rica em celulose, a casca não consegue ser digerida pelo nosso organismo e acaba como se não tivesse sofrido nenhuma modificação durante a passagem pelo corpo humano. O interior do grão, no entanto, é digerido e proporciona uma série de benefícios para a nossa saúde.

Imagem: Morguefile
5. Fonte da juventude

Rico em oxidantes, o milho ajuda a prevenir o câncer, doenças cardiovasculares, ajuda a reduzir o estresse, auxilia no tratamento do Alzheimer e ainda pode retardar o envelhecimento de quem o consome. Além disso, o consumo do grão favorece o tratamento de inflamações na pele, como a celulite. Graças a sua grande quantidade de vitamina C, o milho ainda ajuda a proporcionar um aspecto mais juvenil à pele, além de garantir ossos e dentes mais fortes.

Imagem: Morguefile
6. Por que o milho tem cabelo?

O milho possui os dois sexos em uma mesma planta.  O lado masculino é representado pelo pendão, a parte superior da planta que contém as flores com pólen. Já o lado feminino, representado pela espiga, é onde nascem os cabelinhos. São esses cabelos os responsáveis pela reprodução na planta. Eles transportam os grãos de pólen que vão fecundar os óvulos da espiga e é assim que os óvulos dão origem aos frutos desse vegetal, os grãos de milho. Quando os cabelinhos aparecem na espiga, cerca de dois meses depois do plantio, ela já está pronta para se reproduzir. No processo final, eles caem e a planta passa por uma “calvice vegetal”. 

Imagem: Pixabay
7. Medalha de ouro nas agriculturas

A maior cultura agrícola do mundo é a do milho. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Arroz Parboirizado (Abiap), em segundo e em terceiro lugar estão o trigo e o arroz, respectivamente. Os países que mais produzem o grão são os Estados Unidos, a China, a Índia e, olha só, o Brasil. É muito milho, não é?

Imagem: Morguefile
8. Por que o milho verde é amarelo?

O termo não tem a ver com a cor. O que importa é a maturação: o milho ainda está “verde”, ou seja, não está maduro. Até ficar no ponto certo para ser colhido verde, ele leva, em média, de 90 a 100 dias desde o plantio, dependendo de sua variedade. Pode parecer estranho consumir o produto assim, mas o milho verde é o mais macio. O milho verde é usado em enlatados, pamonhas, espigas cozidas, sucos, curais e sorvetes por exemplo. Enquanto o milho maduro é usado em fubá, quirera, farinha, óleo e pipoca.

Imagem: Morguefile

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