A 23ª Agrishow apostará no chamado “núcleo duro” de expositores para ao menos tentar repetir, este ano, o resultado de R$ 1,9 bilhão em negócios fechados em 2015. “O núcleo duro, com empresas de tratores, máquinas, implementos, além das instituições financeiras, está todo de volta à feira. Já setores secundários para o agronegócio, como empresas de aviação, pneus e ferramentas, por exemplo, reduziram a participação”, afirmou José Danghesi, diretor da Agrishow. O evento acontece de segunda-feira, 25, a sexta-feira, 29, em Ribeirão Preto (SP), com 160 mil visitantes previstos.
“É impossível esconder a situação que passamos em termos políticos e econômicos”, disse o executivo. Ele, porém, avaliou que o agronegócio ainda resiste à crise.
“Mesmo com o cenário degringolando desde 2015, ainda há uma pujança nesse setor”, afirmou Danghesi. Indagado sobre a possibilidade de a Agrishow ter novos protestos em 2016 – na abertura do ano passado, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) sequer discursou e foi vaiado –, o diretor da feira lembrou que em 2015 as manifestações foram do Movimento Brasil Livre, um dos favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
“O cenário mudou e, se houver manifestação, este ano será a favor do PT”, ironizou.
O único representante do governo federal esperado para a abertura da Agrishow deste ano é o ministro da Defesa, Aldo Rebelo. A organização da feira confirmou ainda a presença dos governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB).