A Agrishow, principal feira do setor na América Latina, começa nesta segunda, dia 25, em Ribeirão Preto (SP) e segue até a sexta, dia 29. Os organizadores esperam 160 mil visitantes, para ao menos repetir os negócios gerados em 2015, com faturamento de R$ 1,9 bilhão. O clima, no entanto, é de cautela quando o assunto são as linhas de financiamento para o próximo Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017, previsto para ser apresentado até junho.
“A preocupação que temos, independente (sic) do governo, é como vai ser o Plano Safra seguinte. Tecnicamente, está avançado, mas ainda falta a chancela”, disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Carlos Pastoriza.
Para Francisco Matturro, vice-presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), as incertezas sobre as taxas de juros para a próxima safra tornam as atuais linhas de financiamento, até o final do atual período, a melhor oportunidade para compras de máquinas e equipamentos agrícolas. “No atual Plano Safra (2015/2016) temos quantidade suficiente de recursos, com uma taxa de 7,5% (ao ano). Quem tiver de comprar tem de ser agora”, afirmou.
O presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Gustavo Diniz Junqueira, avaliou que o agronegócio é uma atividade econômica “maior que o governo” e que não deverá haver mudanças estruturais no próximo Plano Safra. “O governo se atualiza ao que a gente faz e não existirá cavalo de pau na política pública do agro. O que falta é segurança jurídica para que os riscos diminuam”, explicou.
Mais otimista, o diretor-executivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), David Roquetti Filho, lembrou que a entrega de fertilizantes no primeiro trimestre de 2016 bateu recordes históricos, “indicador que pode mostrar esperança e um caminho importante” para este ano.