A feira recebeu investimentos na ordem de R$ 1,5 milhão em estrutura, quase o dobro do investido no ano passado. O número de estandes saltou de 400 para 420. Apesar de toda essa mobilização dos organizadores, eles já esperavam uma redução e agora apostam no futuro.
– Só falta mudar o cenário, melhorar o crédito rural, baixar um pouco as taxas de juros, para que o produtor realmente volte a investir com vontade naquilo que é o seu ganha pão. E também para que a indústrias agrícola volte a crescer novamente – afirma o coordenador-geral da Agrobrasília, Ronaldo Triacca.
• Veja também: Setor de máquinas aposta em exportação
As empresas de máquinas estão trabalhando para reduzir o custo com manutenção, para manter o maquinário no campo o maior tempo possível Uma colheitadeira com tecnologia de ponta pode custar até R$ 140 mil. Investimento que requer planejamento, ainda mais em um ano com indefinições com relação ao Plano Safra.
– Se o Plano Safra já tivesse sido anunciado, sem duvida isso teria contribuído para um volume maior de vendas, mas esse é um momento de crise, e os produtores querem produzir mais com menos. A forma de conseguir isso é investindo em tecnologia – comenta o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg.
É nessa hora que o poder de convencimento dos vendedores pode fazer a diferença.
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– O produtor chegar aqui para não comprar, ele vem visitar a feira, mas, na cabeça dele, ele não vem para comprar. Tem que ter o vendedor argumentando as vantagens do momento e mostrando que os juros podem subir ainda mais nos próximos dias – explicar o gerente comercial Marcilei Faria.
Foi o que o produtor rural Juvenil Cenci fez. Ele comprou uma plantadeira de 36 linhas, investiu R$ 546 mil. Ele acabou convencido pela necessidade.
– Estamos entrando nas culturas de inverno, vamos plantar 500 hectares de feijão irrigado e a máquina já vai começar a trabalhar. Tem que recuperar para se pagar no prazo mais curto possível – relata.
Menos negócios
A Agrobrasília não foi a primeira feira agrícola de 2015 a registrar menos volume de negócios. A Agrishow, uma das principais feiras de tecnologia para agropecuária do país, apresentou queda de 30% este ano.
