Animais passam por intenso treinamento para disputar títulos na Expointer

Grandes campeões precisam de disciplina e condições físicas e técnicas para vencerSer um grande campeão não é uma tarefa fácil. Para chegar à competição, eles passam por um intenso treinamento, que começa muito tempo antes da Expointer. Guto Freire, ginete bicampeão no Freio de Ouro 2011 e 2012, tem há seis anos um centro de treinamento em Santo Antônio da Patrulha (RS) para preparar os animais para a prova. O treinador recebe cavalos de todo o estado e oferece preparação técnica e de condicionamento físico.

– Eles precisam de muita disciplina, aprendem a se portar na pista, até porque é um lugar novo para eles, onde milhares de pessoas estão ao redor. Mas só o treinamento não basta, é preciso que o animal já tenha um conjunto de condições, como força e temperamento adequado para vencer – explica o preparador.
 
Além das condições físicas e técnicas, a beleza também é levada em conta na hora da prova e tem até categoria própria, a de morfologia. Segundo Freire, durante pelo menos um ano, o animal é escovado duas vezes por dia, além de ser lavado diariamente. O pelo é uma preocupação dos tratadores, por isso durante o inverno uma capa especial é colocada nos cavalos para protegê-los do frio. Na crina, um shampoo com repelente é aplicado, para maior conforto do animal.
 
Todo este cuidado no preparo dos animais não é feito só para os cavalos, mas para todas as espécies que participam da feira. Em todas as criações, o julgamento é visto como o dia em que os animais serão as estrelas da festa. Para Amaro Fritz, administrador da Cabanha Lica, de Glorinha (RS), que teve três novilhas grandes campeãs, a fase de preparo dos animais é fundamental para a vitória.

– A beleza é vista como um quesito muito importante, por isso nós trazemos um especialista de São Paulo para cuidar das vacas. Na hora da prova, elas são penteadas, usam laquê importado, um verdadeiro tratamento vip, mas depois deste dia elas ficam tão cansadas que precisam de 15 dias para se recuperar – conta Amaro Fritz.