Apesar da imensa perda financeira, em poucos anos o produtor rural conseguiu superar o momento dramático, contando com modesto apoio governamental e, principalmente, com a sua persistência na atividade. Hoje, a cabanha tem 180 cabeças, incluindo vacas, novilhos e terneiros, 18 a mais do que em 2003.
A recuperação começou em 2004. Para reiniciar a produção leiteira depois de um vazio sanitário de seis meses, exigido por lei, o proprietário obteve financiamento para comprar cerca de 50 animais, com recursos da Cooperativa Sul-Riograndense de Laticínios (Cosulati). Já em 2005, cerca de 30% do valor perdido dois anos antes foi ressarcido pelo governo, dando um pequeno impulso para a recuperação.
Em 2011, a propriedade passou por novo susto. Devido a uma intoxicação alimentar, 21 cabeças foram perdidas e, nos meses seguintes, Martim precisou financiar outros 26 animais para manter os patamares de produção anteriores.
Mesmo diante das eventuais dificuldades, o produtor garante que nunca pensou em mudar de ramo. Segundo Martim, o setor leiteiro ainda é um dos que mais agregam valor entre as atividades rurais.
– Quem planta e soja e milho, por exemplo, se tiver um problema com o clima, perde tudo. Para nós, no pior dos casos, ainda sobram as vacas – explica.
Hoje, a cabanha iniciada em 1970 pelo pai de Martim com uma vaca, produzindo três litros de leite por dia, alcança 1,1 mil litros diários. Nos próximos dois anos, o objetivo é mais do que triplicar a produção, chegando à marca de três mil litros.
Confira os bovinos leiteiros que participarão da Expointer 2012.