A estiagem de janeiro atrapalhou, mas não foi suficiente para comprometer a safra de soja semeada no Rio Grande do Sul. E uma prova disso é o entusiasmo dos agricultores que visitam a Expodireto, em Não-Me-Toque.
O produtor Jairo Bavaresco plantou 150 hectares em Nova Alvorada. A colheita deve começar em 20 dias.
– A produção deve ficar em torno das 50 sacas, muito boa para a região – diz.
Sílvio Mario Schneider também está rindo a toa. A produtividade deste ciclo deve amenizar a quebra sofrida na safra passada. Este otimismo é confirmado pelos números que foram apresentados nesta quarta, dia 6, pela Emater na Expodireto.
Eles retratam um balanço da safra de verão cultivada no Rio Grande do Sul. As projeções são animadoras e a soja é o destaque. A colheita deve registrar a maior safra da história do Estado, ultrapassando a marca de 11,8 milhões de toneladas do grão. Se confirmado, o volume será cerca de 120 mil toneladas superior ao colhido na safra 2010/2011, até então a maior do Rio Grande do Sul.
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Considerando as quatro principais culturas de verão, soja, arroz, feijão e milho, a produção prevista deve chegar a 25 milhões de toneladas. Segunda maior do Estado, atrás apenas dos 26,6 milhões de toneladas do ciclo 2010/2011. Já quanto ao valor bruto da produção, o recorde está confirmado.
– O VBP será 20% maior que o melhor da história do Estado – comenta o secretário de Desenvolvimento Rural do RS, Ivar Pavan.
Se os resultados animam, a Expodireto também garante espaço para as discussões sobre os obstáculos que dificultam a vida de quem está no campo.
Nesta quinta, dia 7, o Fórum Soja Brasil debate os desafios de uma safra histórica, com enfoque no clima, seguro e riscos da agricultura. No encontro, também vão ser apresentadas as conclusões do Projeto Soja Brasil, que durante quatro meses percorreu as principais regiões produtoras de soja do país.
