Um dos campeões do queijo na França, Hervé Mons, é um dos convidados da 83ª edição da ExpoZebu, realizada em Uberaba (MG), para participar de cursos e debates oferecidos pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). Durante a sua estadia no Brasil, o especialista aproveitou para dar algumas dicas para quem quer aprender a harmonizar queijos de raças zebuínas e vinhos.
Mons apresentou três regras essenciais para leigos que queiram combinar os dois alimentos. Confira:
Conhecer os dois produtos
Na hora de combinar o queijo e uma bebida, mesmo que os dois produtos sejam excelentes, isso não é o suficiente para garantir um casamento harmonioso. É preciso, segundo ele, conhecer as características de cada um para buscar uma correspondência de sabores e não a dominância de um sobre o outro.
O queijo primeiro, a bebida depois
O sabor do queijo persiste mais no paladar que o dos vinhos, especialmente um queijo forte. Na boca, os aromas do queijo também são percebidos com mais intensidade. Por isso, Mons indica que é melhor conhecer o queijo antes, provar e ficar íntimo, para depois escolher a bebida em função do queijo.
As sinergias de aromas
Um queijo suave e leve se harmoniza melhor com um vinho leve e pouco expressivo, por exemplo. Já um queijo forte, bem curado, se sai melhor quando combinado com um vinho robusto e mais expressivo. Para acertar, é preciso combinar a personalidade do queijo com a do vinho.
Para o francês, apesar dessas regras, a harmonização é mais baseada em gosto do que em técnica. É necessário procurar um produto de qualidade, e depois o mais importante é provar e perceber quais combinações agradam o paladar de cada um. “A primeira coisa é começar a prova e ver o que você sente, testar, comparar com outros queijos e vinhos e ver quais resultados te dão prazer”, concluiu.